A tecnologia como aliada na jornada de saúde de pacientes com Transtorno Por Uso de Substâncias e Transtorno Por Uso de Álcool.

My Journey Health
5 min readJul 4, 2022

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Atualizado em 08/11/23

Antes de falarmos como a tecnologia pode ajudar pacientes em sua jornada de saúde, gostaria de trazer alguns dados para vocês.

Quando olhamos especificamente o universo de dependência química no Brasil, temos esses números:

Fonte: Arquivo My Journey

Recentemente saiu o relatório 2022 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) . De acordo com o relatório, cerca de 284 milhões de pessoas — na faixa etária entre 15 e 64 anos — usaram drogas em 2020, 26% a mais do que dez anos antes. Os jovens estão usando mais drogas, com níveis de uso em muitos países superiores aos da geração anterior.

Esses mesmos jovens ficam conectados uma boa parte de seu dia na internet. O aparelho celular, junto com a internet, se tornou artigo quase indispensável na vida das pessoas.

Fonte: Arquivo My Journey

A COVID-19 desencadeou inovação e adaptação em serviços de prevenção e tratamento de drogas por meio de modelos mais flexíveis de prestação de serviços. Muitos países introduziram ou expandiram os serviços de telemedicina devido à pandemia, o que para os usuários de drogas significa que os profissionais de saúde podem agora oferecer aconselhamento ou avaliações iniciais por telefone e usar sistemas eletrônicos para prescrever substâncias controladas.

ESTUDOS COMPROVAM (PARTE I)

Existem estudos comprovando os efeitos dos aplicativos no tratamento da dependência química são escassos. Um dos mais citados verificou o uso de um aplicativo para dependentes de álcool.

Após um ano, quem contou com o suporte do app além do tratamento usual (170 pessoas) teve menos episódios de beber pesado do que os do grupo controle (179 pessoas).

Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4016167/

Publicado em 2014 no jornal JAMA Psychiatry, o trabalho coordenado por David H. Gustafson, professor da Universidade de Wisconsin-Madison, concluiu que os aplicativos para celular podem trazer um benefício significativo para pacientes em tratamento contra a dependência.

ESTUDOS COMPROVAM e ESTUDOS PEDEM MAIS ESTUDOS…

Fiz uma pesquisa rápida e encontrei mais 5estudos que pesquisei e que corroboram com a temática.

*Um ensaio clínico randomizado de serviços de suporte de recuperação autogerenciados por smartphones*

*Redes de recuperação digital: caracterizando a participação do usuário, engajamento e resultados de um novo aplicativo de smartphone de rede social de recuperação*

*Um aplicativo para smartphone que apoia a recuperação do vício em heroína: perspectivas de pacientes e provedores na China, Taiwan e EUA*

*Usando smartphones para diminuir o uso de substâncias por meio de automonitoramento e suporte à recuperação: protocolo de estudo para um ensaio clínico randomizado*

*Um grupo de apoio baseado em smartphone para alcoolismo: efeitos de dar e receber apoio emocional no enfrentamento da autoeficácia e do consumo de risco*

Alguns estudos pedem mais estudos para mensurar sua eficácia.

*Um estudo piloto de um aplicativo de smartphone que apoia a recuperação da dependência de drogas*

A conclusão do estudo informa que o aplicativo demonstrou a viabilidade e os benefícios potenciais de fornecer intervenção móvel de saúde entre participantes com TUS, mas pede mais pesquisas com amostras maiores por um longo período de tempo são necessárias para testar a eficácia do S-Health como uma ferramenta de automonitoramento que apoia a recuperação do vício.

*Viabilidade e Efeitos de Intervenções Digitais para Apoiar Pessoas em Recuperação de Transtornos por Uso de Substâncias: Revisão Sistemática*

As intervenções digitais incluídas nesta revisão são em geral viáveis, mas não são consistentemente eficazes para ajudar as pessoas em recuperação de um transtorno por uso de substâncias a reduzir seu uso de substâncias ou alcançar outras metas de recuperação.

Podemos concluir que precisamos de mais estudos e também que esses estudos possam abranger um número maior de pessoas e de tempo, para que possamos melhores dados.

Entre 293 aplicativos para ansiedade e/ou depressão estudados em uma meta-análise da World Psychiatry de 2021, apenas 6% publicaram evidências citando sua eficácia. “Existem milhares e milhares de aplicativos de saúde mental que não têm base científica”, diz o fundador da What If Ventures, Stephen Hayss. Com muita frequência, as startups “fazem um pequeno estudo piloto e extrapolam que ele pode funcionar para grandes populações”, concorda John Torous, MD, diretor da divisão de psiquiatria digital do Beth Israel Deaconess Medical Center.

Abaixo um levantamento das principais startups que estão usando tecnologia para apoiar profissionais, pacientes e familiares nesta jornada.

Fonte: Arquivo My Journey

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e e Organização Mundial de Saúde (OMS) também tem investido em inteligências artificiais para auxiliar pessoas em todos os cantos do mundo.

Fonte: Arquivo My Journey

A Pahola é a nova especialista digital em saúde e uso do álcool da Organização Pan-Americana da Saúde. Programada com a mais recente informação e pesquisa, pode ajudá-lo(a) a tomar decisões mais saudáveis em relação ao seu consumo de álcool. A Pahola é gratuita e pode ser facilmente acessada na privacidade do seu lar utilizando o aplicativo online.

Criada para te ajudar a entender os efeitos do álcool sobre a sua saúde e fazer recomendações acerca de como reduzir o seu consumo, a Pahola pode responder às suas questões sobre o consumo de álcool, como por exemplo: “Como sei se bebo demais?”, “Posso beber álcool depois de tomar a vacina COVID-19?” ou “O álcool pode causar câncer?”

Pahola — Acesse aqui (Português, Inglês e Espanhol)

A “terapeuta” Florence é capaz de interagir, se expressar e aprender de acordo com os padrões humanos. Munida destes recursos, ela simula uma conversa cara a cara usando câmera e microfone do computador para reconhecer pacientes, conseguir interpretá-los por meio do tom de voz e expressões faciais e, em seguida, responder suas demandas.

Por meio de uma série de perguntas interativas, Florence entenderá sua relação com o tabaco e adaptará suas respostas para melhor atender às suas necessidades. Com sua opinião, ela criará seu ‘plano pessoal de abandono’, com base na melhor ciência disponível e oferecerá suporte e orientação durante todo o processo.

A consulta será inteiramente online e gratuita.

Florence — Acesse aqui (Inglês e Espanhol)

E aí o que achou? Conhece outras soluções digitais que podem auxiliar pessoas neste processo? Compartilha aqui conosco.

André Almeida, empreendedor e diretor executivo da My Journey Health.

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