Harvard aponta 6 hábitos para driblar ansiedade através da comida
Nos últimos anos, a conexão entre alimentação e saúde mental se tornou um campo de interesse crescente para cientistas e profissionais de saúde.
Inclusive, a nutricionista Uma Naidoo, vinculada à renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, é uma das vozes líderes neste campo.
Com uma vasta experiência em estudos sobre como a alimentação pode afetar a ansiedade e a saúde mental geral, Naidoo defende que a nutrição não só é fundamental para o bem-estar físico, como também exerce um impacto direto sobre o bem-estar mental.
Como a alimentação influencia na ansiedade?
Dietas ricas em açúcares refinados, gorduras saturadas e alimentos altamente processados podem contribuir para o aumento dos níveis de ansiedade. Esses alimentos podem causar flutuações nos níveis de açúcar no sangue, levando a picos e quedas repentinas que afetam o humor e a estabilidade emocional.
Além disso, uma dieta pobre em nutrientes essenciais, como vitaminas do complexo B, magnésio e ômega-3, pode afetar negativamente a saúde mental, aumentando a vulnerabilidade à ansiedade.
Em uma entrevista ao CNBC, a nutricionista compartilhou valiosas recomendações para quem busca melhorar sua saúde mental e diminuir os níveis de ansiedade através da alimentação.
Segundo Naidoo, adotar determinados hábitos alimentares pode ser uma maneira eficaz de promover um cérebro saudável e feliz.
O que comer para diminuir a ansiedade? Veja os 6 hábitos indicados pela nutricionista de Harvard:
- Priorize alimentos naturais e inteiros
Inclua em sua dieta alimentos que sejam não processados ou minimamente processados. Frutas, legumes, grãos integrais e verduras são ricos em fibras, contribuindo para a saúde intestinal, um pilar essencial para o bem-estar mental.
- Consuma alimentos coloridos
Um prato colorido significa uma diversidade de nutrientes essenciais, não só frutas e vegetais, mas também ervas e temperos, que podem combater a ansiedade.
- Amplie os micronutrientes
Vitaminas e minerais possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, fundamentais para a saúde do cérebro a longo prazo.
- Priorize gorduras saudáveis
Gorduras boas presentes em alimentos como o azeite de oliva extra virgem e o abacate são vitais para a saúde cerebral.
- Evite alimentos que aumentam o açúcar no sangue
Reduza o consumo de carboidratos refinados e açúcares adicionados, optando por açúcares naturais.
- Consistência e equilíbrio
Escute seu corpo e ajuste sua dieta de acordo com o que te faz sentir bem.
Por que é importante escolher bem os alimentos?
Escolher alimentos ricos em nutrientes e pobres em processamento é crucial para manter o equilíbrio mental, uma vez que o que consumimos pode afetar diretamente a nossa saúde cerebral e emocional.
Além disso, a nutricionista ressalta a importância de um metabolismo saudável para controlar a ansiedade e promover um maior foco e estabilidade emocional.
É vital, contudo, respeitar as peculiaridades do seu corpo e preferências pessoais para garantir que a alimentação saudável se torne uma parte sustentável e prazerosa do seu dia a dia.
Quais os alimentos que pioram a ansiedade?
Alimentos ricos em açúcares refinados, como doces, refrigerantes e produtos de confeitaria, podem exacerbar os sintomas de ansiedade devido aos seus efeitos no corpo e na mente. O consumo desses alimentos pode levar a picos e quedas rápidas nos níveis de açúcar no sangue, causando irritabilidade e nervosismo.
Além disso, alimentos com alto teor de cafeína, como café, chá preto, energéticos e bebidas energéticas, podem aumentar os sentimentos de ansiedade em algumas pessoas, devido ao seu efeito estimulante no sistema nervoso.
Outros alimentos a serem evitados incluem aqueles ricos em gorduras saturadas e trans, como frituras, fast food e alimentos processados, pois essas gorduras podem desencadear inflamação no corpo, afetando negativamente o humor e a saúde mental.
O álcool também pode ser problemático, pois pode interferir nos neurotransmissores do cérebro e piorar os sintomas de ansiedade em algumas pessoas, especialmente quando consumido em excesso.
É importante lembrar que cada pessoa pode reagir de maneira diferente aos alimentos, então é essencial prestar atenção aos próprios sintomas e ajustar a dieta conforme necessário para promover o bem-estar emocional.